Eu paro no segundo andar e o tio ainda subiria mais alguns. Da garagem ao meu andar deve demorar - insuportavelmente longos - 15 segundos, tempo demais para se passar dentro da pequena caixa.
Na rua ainda podemos esbarrar em alguém e ir conversando no caminho, ou talvez dizer que estamos atrasados e sair correndo em outra direção. Mas dentro desse transporte torturador não há fuga! Não há assunto! Não há o que fazer.
Se você encontra alguém conhecido no elevador, deve se contentar com o simples "oi, tudo bem", porque não tem tempo para se criar uma conversa decente; não se pode discutir política, economia, educação, transporte e turismo em pequenos segundos (se muitas vezes não conseguem discutir tais assuntos em 4 anos de poder, como meros civis conversariam casualmente sobre isso em um ambiente totalmente não preparado pra tal fim, né?!). Como não separamos nenhum material para o caso de sermos surpreendidos no elevador, o que cai muito bem então em situações como essa são assuntos de rápida absorção: o tempo lá fora, a noticia que esta sendo mais falada ultimamente, o preço de alguma coisa comum (donas de casa tá'í a dica, podem falar à vontade do preço do arroz ou do quilo do peito de frango! Falando nisso, olha que absurdo, há um tempo atrás vendiam mamão a R$0,45 no mercadinho daqui; hoje ele custa 2 e tal A UNIDADE!!!!!)...
Se você encontra alguém conhecido no elevador, deve se contentar com o simples "oi, tudo bem", porque não tem tempo para se criar uma conversa decente; não se pode discutir política, economia, educação, transporte e turismo em pequenos segundos (se muitas vezes não conseguem discutir tais assuntos em 4 anos de poder, como meros civis conversariam casualmente sobre isso em um ambiente totalmente não preparado pra tal fim, né?!). Como não separamos nenhum material para o caso de sermos surpreendidos no elevador, o que cai muito bem então em situações como essa são assuntos de rápida absorção: o tempo lá fora, a noticia que esta sendo mais falada ultimamente, o preço de alguma coisa comum (donas de casa tá'í a dica, podem falar à vontade do preço do arroz ou do quilo do peito de frango! Falando nisso, olha que absurdo, há um tempo atrás vendiam mamão a R$0,45 no mercadinho daqui; hoje ele custa 2 e tal A UNIDADE!!!!!)...
Como na época o assunto mais badalado era a copa, o tio vem com a terrível pergunta "E o Brasil hein?". Tudo bem, sou brasilera, vivo no país do samba, do calor, da praia, do futebol, do carnaval (da impunidade)... Mas não quer dizer que vivo essas coisas. Naquele dia eu estava me preparando pra fazer alguns furos na parede durante o jogo e colocar uns quadros depois; isso pra ser implicante mesmo, porque eu quis furar a bendita parede de concreto no sábado e mandaram o porteiro lá em casa pra me fazer ficar quieta. Galvão comentava e eu pressionava a furadeira na parede, saía gol e eu furava com mais força, vuvuzelas gritavam loucamente e eu, com aquela aparência insana, gargalhava enquanto finalmente conseguia encaixar o primeiro parafuso...
Enfim, devemos sempre nos manter sociáveis, ate quando não pertencemos a tal mundo. E pra não ser mal educada e simplesmente ignorar a pergunta inocente do tio, tive que fazer algum comentário qualquer.
Mas sabe o que eu realmente deveria ter feito?! Sido sincera!
O Brasil?! Cara, sei lá! Só vejo jogo quando não tem nada que eu entenda na TV (ou seja, viagem a um país com idioma desconhecido por minha pessoa = futebol na certa, porque não é necessário muita habilidade pra entender que a bola tem que entrar no gol pro lance funcionar).
A única coisa que realmente importou nessa copa foi o sorriso do Cristiano Ronaldo, que eu vi várias vezes durante aquela goleada de Portugal versus "Não lembro quem" ( aquele jogo que deu 7 a 0)...
Por isso que até agora me arrependo de não ter comprado essa camiseta que vi numa Adidas de Frankfurt
HAHAHAHAAHAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirMUITO BOM, CAROL!!
Eu concordo em tudo com vc... desde os elevadores até o futebol (e principalmente o Cristiano Ronaldo, aiai)!!
Congratulations!!