quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ticking clocks

Dizem que o tempo cura tudo. Cansei de ouvir "dê um tempo ao tempo", nunca acreditei nesse pobre remédio.

Acho que essa história de prolongar sofrimentos é só uma maneira de chamar atenção, dizer que é pobre coitado e fazer os outros terem pena de você para conseguir alguma "recompensa". Não prolongo sofrimentos buscando compaixão. Não espalho meu sofrimento por aí, não digo que estou sofrendo e se alguém por acaso percebe, não conto porquê sofro.

Mas não estou falando de sofrimentos - nem do grupo "de" que os acompanha [decepções, (des)ilusões, desesperos]. Porque o tempo não foi feito só para curar isso.

O tempo nos fornece não só a cura, mas a possibilidade de amadurecer. É bom poder pensar no que passou e falar "nossa, eu já passei por isso! E agora tá lá atrás. Olha o quanto isso me fez crescer!". A mentalidade muda de acordo com as experiências vividas. Por isso que idade não deve ser medida pelo tempo em que você se encontra nesta vida, e sim pelo que você já viveu dela.
Também existem aquelas experiências que acreditamos não valer nada. Ah, mas deixa o tempo passar e você vai ver o valor que aquilo teve, nem que seja mínimo; alguma influência teve em alguma decisão sua.

O tempo também é muitas vezes o causador de sofrimentos... aquela saudade imensa e insuportável? Vem com o tempo! Pode ser pequena hoje, mas em três semana pode aumentar drasticamente. Ooou, com o tempo, você simplesmente esquece. Há sempre duas vias: Se você alimenta aquela sensação de vazio que o tempo cavou no fundo da sua alma, com certeza vem uma dorzinha, um lamento; mas se você resolve levantar a cabeça e seguir em frente, o tempo só vai te ajudar a se fortalecer.

O tempo pode não ser o único remédio, mas combinado com vários outros fatores pode, pelo menos, aliviar muitas "dores".

É ele quem faz você sentir fome depois de um enorme rodízio de pizzas da noite anterior!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Over the Rainbow

Não gosto de entrar em assuntos polêmicos; se numa roda discutem sobre política, religião ou opção sexual, prefiro sair da conversa, ou então fico calada até o assunto mudar. Mas certas vezes não dá pra escapar.
Então coincidentemente, entro eu no blog da Ju, esdrúxula como sempre, e vejo o tal post linkado, sobre as diferenças. Gostei do texto, lido bem com diferenças, tranquilamente. Mas com certeza algumas pessoas (muitas pessoas) não se sentem confortáveis com isso. Ok, mas não precisamos chegar a tentar humilhar o que o outro pensa.

Acho absurdo essa gente que surge do nada pra bater boca com desconhecidos online...

Enfim, dia desses estávamos eu, meu pai e a namorada dele sentados à mesa, depois deles dois terem acabado com duas garrafas e meia de vinho, discutindo esse exato assunto.
Ela é evangélica, mas não é daqueles que tenta catequizar os outros, fica na dela e pronto; o que eu acho que é certo, cada um deve ter a sua opinião e respeitar a alheia.
Esse tipo de assunto é desses que não se chega a conclusão nenhuma, pois cada um tem um ponto de vista e ninguém vai mudar isso. Pode-se argumentar, mostrar os dois lados, mas não se pode forçar o outro a mudar.

Agora, por que esse ser que comentou no blog se refere à filosofia?! Será que ele não sabe que na época dos grandes filósofos era normal o homosexualismo? Ele não conhece as histórias da antiguidade? Aquiles era apaixonado por seu melhor amigo, Alexandre, O Grande, também! E inúmeros outros... Nós, da atualidade, é que resolvemos ver essa questão com tanto preconceito.

Descartando questões biológicas (que pra tudo dá-se um jeito), não dá pra considerar que somos todos seres humanos, sensíveis e pensantes? Não importa a sua opção, o que vale é você amar (né?) O que há de errado? O importante não é ser feliz? Não quero dizer que essa é a minha opção, mas respeito claramente quem a escolhe e admiro a coragem de enfrentar as besteiras que a sociedade impõe.

Pronto, encerro o assunto. Não gosto de ficar batendo sempre na mesma tecla como bêbados fazem. Defendi minha opinião, quem é contra, pode ser à vontade, não vou querer mudar seu ponto de vista e não aceito que você queira mudar o meu. Só me compreenda, compreenda os que sofrem todos os tipos de preconceito e ajude a fazer esse mundo um pouco mais suportável.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Demons

No último post eu recebi um único comentário (graaande novidade) que me fez pensar sobre o que eu mostro ao mundo.

Nunca fui boa em expressar meus sentimentos. Nunca briguei em público. Também nunca gostei de pedir desculpas. Sempre demoro pra dizer qual é minha opinião. Sempre guardo minhas respostas, esperando alguém falar primeiro. Só falo quando realmente acho que vale a pena. Talvez por não ter muita voz e sempre achar que não vou ser ouvida. Não sei, só me acostumei assim.

Então me foi dito que eu escondo muito bem meus demônios interiores (pera, demônios não são sempre interiores? Anyway...) Escondo mesmo. E isso faz mal! MUITO mal!
É aquele lance do ovo e da galinha: não sei se eu escondo meus sentimentos por não ter boa voz, ou se não tenho muita voz por esconder meus sentimentos (tipo "já que eu não sou usada, pra que ficar aqui né?").

Meu jeito bom pra dizer o que quero é escrevendo. Desde que aprendi essa incrível técnica, é a mais usada então. Escrevo quando estou bem, escrevo quando vou mal, escrevo quando não tem mais nada pra fazer e quero só expandir minha mente. Escrevo o que eu sinto, sempre! Mesmo que seja usando palavras que não são minhas; desde que eu me identifique com o que foi dito...

Mas tem vezes que nem escrevendo eu tenho coragem de revelar o que penso. Revelo em indiretas, vou soltando a informação aos poucos, mas nunca liberto totalmente o que passa na minha cabeça. Aí deito de noite e vem uma enorme aflição. Por que? Porque a mente é tagarela, como diz minha mãe, não cala a boca um segundo sequer! E tudo aquilo que o mundo não sabe sobre mim fica me remoendo. Mas quem disse que eu vou contar exatamente tudo que passa comigo? Eu até tento, mas não sai. Bloqueio.

Então eu guardo o que sinto pra mim. E de vez em quando explodo! Bom, na verdade nem lembro quantas vezes eu explodi, mas foram poucas. Só que nesses momentos, faço o "expectador" me achar maluca, doida varrida, totally crazy! E realmente não é normal né. Você guarda tudo o tempo todo, aí o balde transborda do nada, com gente que não tem culpa (pode até ter um pouco, uma bem pequena). Logo em seguida vem aquela sensação de que você é demais, é corajosa, é forte, é bem resolvida, é independente. Dá meia hora que o mundo cai! Você começa a achar que não devia ter feito isso, devia ter deixado as coisas como estavam, devia ter guardado mais, melhor, devia ter sido corajosa o suficiente pra saber lidar com o que estava acontecendo, e não ter feito um "escândalo".

Isso eu aprendi, também com a minha mãe (desculpe se eu a cito muito, mas realmente é uma sábia!), "duas coisas você nunca pode pegar de volta: a bala depois que saiu da arma e a palavra depois que foi dita" (ou escrita... como for)
Posso contestar? NO WAY! Mas que eu gostaria de ter máquina do tempo... ô!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

I just need somebody to love/ I don't need too much/ Just need somebody to love

Há um tempo falei sobre a tristeza sem motivo, que vem e nos ataca de tal modo que não sabemos como combater, não sabemos se aceitamos ou lutamos...

Desde ontem estou com uma tristeza instalada. Mas o motivo é conhecido, apesar de não ser certo.
O que me trouxe essa tristeza não foi necessariamente o filme que assisti na tarde passada; eu já estava me sentindo pra baixo antes dele. Mas digamos que ele intensificou a minha dor.
Mas por que? Eu achava que já estava curada. Mas exatamente como mostra no filme (que eu não quero falar qual foi, mas certamente quem conhece a história vai identificar depois dessa parte), o grande buraco negro que havia no meu peito ainda está lá. Não está totalmente cicatrizado; ainda dói, e muito, de vez em quando. Outras vezes parece estar adormecido, de maneira que eu mal lembro o que passou.
Como é possível do nada as memórias voltarem de um jeito tão ruim? As lembranças não servem para trazer felicidade? Não são para dar aquele suspiro prolongado, aquela sensação de que valeu a pena? Tudo bem, valeu a pena! Foi ótimo, realmente foi, maravilhoso, incrível, inacreditável... quantas vezes eu vou repetir isso pra mim mesma e pra quem quiser saber? O problema é o fato de eu não aceitar que passou.
Mas eu aceitei! Juro que aceitei! Fiz o que achava ser impossível, dei um basta na minha mente! Nunca acreditei que pudesse controlar meus sentimentos até aquele momento.
Talvez eu estivesse certa. Nunca controlei meus sentimentos, principalmente naquele momento. E agora está tudo voltando. Como fazer musculação; basta você parar que volta tudo pro lugar (errado) de novo...

Mas eu superei! Ou pelo menos quero me fazer acreditar nisso, enquanto meu subconsciente sabe da verdade.
Eu percebi que não é exatamente essa situação que está me devorando. Não sei qual é o problema real, mas não é (só) esse.

Eu tentei superar esse problema #1 com uma prática maior do esporte que me atrái... ok, joguei, corri, suei, ri muito, liberei endorfina, participei de torneio e tudo, para ocupar minha mente de uma maneira saudável; deu certo... por um tempo. Então comecei a desenhar. Virou A terapia pra mim. Eu esvaziava minha mente e só pensava nos traços, nas sombras. Mas não funcionou tanto também.

Por sorte as aulas começaram e eu estava constantemente ocupada, sem ter que ficar completamente sozinha comigo mesma, porque quando estava, sempre tinha que pensar no que fazer, cortar, colar, desenhar, contar, medir... mente ocupada significava sanidade! Porém a vontade de cumprir as obrigações foi diminuindo e eu passei a ficar um bom tempo na ociosidade, mesmo com muito para fazer.
O ócio me faz pensar, nos faz pensar. Era assim que os filósofos eram incentivados na Grécia antiga (falando nisso... aaah, a Grécia...), enfim. Pensando eu descobri que eu preciso de algo.

Mas eu não sei exatamente do que eu preciso.
Quando eu preciso de um chocolate, vou atrás, paro onde puder e compro. Quando preciso de um abraço, corro pro primeiro amigo. Quando preciso descansar, qualquer cantinho dá pra tirar um cochilo. Mas e quando eu não sei do que eu preciso? Ou sei, mas não admito pra mim mesma, nem pra ninguém?
(Eu não sou fã de Justin Bieber, mas conheço algumas músicas dele e tenho o direito de gostar de algumas; na verdade, tenho o direito de gostar do que eu quiser, tem gente que gosta de sertanejo, de happy rock, de emo, de pagode... eu posso gostar de algumas músicas do Justin Bieber! Então resolvi usar parte de uma para o título desse post.)
Eu percebi que o problema é esse, eu preciso me apaixonar... não preciso AMAR alguém, não agora... isso envolve uma complexidade além do que eu consigo alcançar por enquanto.

Tá, eu decidi que preciso me apaixonar! Preciso sentir aquele frio na barriga cada vez que ouço falar em determinada pessoa, cada vez que vejo essa pessoa ou penso nela. Preciso querer sair pra encontrar essa pessoa, pra correr o risco de esbarrar na rua, poder dar um oi, conversar qualquer coisa. Mas eu preciso que não seja platonismo. Preciso ser correspondida! Sem pressão, sem desepero, se bobear, até sem sentimento. Bom, na verdade não dá pra ser assim; mas quem sabe um sentimento dosado, na mesma intensidade que o meu?

Mas que coisa boba! Quem é que decide que precisa se apaixonar? Isso é algo que acontece, não se planeja! Bom, eu não planejo por quem eu vou me apaixonar, nem quando, mas seria bom se acontecesse.

E o problema citado no início não é bem um problema. Não agora. Mas lembra que de vez em quando a dor passa? Então, agora parece que a fera dormiu. Não vou dizer "retiro tudo que disse" porque daqui a cinco minutos pode ser tudo válido de novo. Então saiba que minha opinião varia o tempo todo.

Agora eu digo que to bem.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Repentinamente

Hoje li um texto da Liliane Prata sobre um tema que está me assombrando desde ontem (isso só nessa semana, porque já me assombrou vááárias outras vezes): essa tristeza sem motivo.

Não é algo que eu não esteja acostumada, mas por que será que toda vez parece ser a primeira?! Ainda não aprendi a controlar essa sensação. Ela chega do nada e vai embora, quase sempre, da mesma maneira.

Achei interessante o texto porque ela diz que a tristeza (dela) vai embora com uma xícara de chá quente. Nunca procurei nenhum método para espantar a minha. Mas também não tento abraçá-la, aceitá-la. Simplesmente deixo estar. Não luto, não resisto, mas também não abro as portas. Me afundo; me encolho instintivamente. Muitas vezes insisto em não chorar, por inúmeros motivos, mas o que mais me segura é o fato de que não quero parecer ter 40 anos antes dos 20 (pode ser coisa boba, mas pra mim, já é suficiente - de vez em quando).
Porém, parece que chorar alivia de alguma maneira. E então eu acabo gostando de chorar, comprimir bem o rosto, soluçar.
Mas o que ajuda mesmo, na maioria das vezes, é ganhar um abraço, de uma pessoa que te deixa confortável, não de qualquer um.

Quando era pequena e me via nessa situação, conversava até com as borboletas que voavam na minha escola; aí ficava parecendo A menina estranha, que fala com os bichinhos. Fui crescendo e a maneira de lidar com isso teve que mudar, óbvio.
Mas hoje eu sinto falta não de ter algo ou alguém para contar meus problemas (que em grande parte do tempo só existem na minha mente), até porque não gosto muito de compartilhar meus pensamentos (hipocrisia escrever isso em um blog, onde a intenção é que algum ser veja e comente?!). Sinto falta simplesmente de algo ou alguém. É uma carência estranha, diferente; uma falta de abraço, calor, conforto...

No texto da Lili, também tem algo sobre a tristeza com motivo. Essa realmente dá raiva, porque se o motivo não é causado por nós mesmos, nem sempre temos como reagir. O máximo que podemos fazer é tentar resolver o problema com a pessoa "culpada", mas não ajuda muito.

Sabe de uma coisa? A tristeza sem causa, aquela inesperada, que nos atinge em um momento alegre ou até mesmo num de fraqueza é melhor.
Talvez.
Ou não.
Sei lá. Estou tentando refletir sobre isso mas não consigo chegar a uma conclusão. Sei que enfrento esse problema desde que posso me lembrar, mas nunca consegui enfrentar de verdade.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tão tão distante

Não foi magia
Não foi pelo momento, nem pelo lugar.
Foi o indivíduo, certamente
Porque se não fosse aquela pessoa específica
Talvez nada tivesse mudado

Foi o conjunto mágico
A série de coincidências
O momento e o lugar
Isso sim

A beleza não é extrema
Mas para mim era a mais encantadora possível
Superior
Mas também não foi por isso
Simplesmente me interessou

Eu poderia passar semanas naqueles momentos
Congelar para sempre e analisar por horas sem fim
Olhar cada gesto, cada sorriso (sincero?), cada olhar (e suas intenções)

Mas já está distante.
É perda de tempo.



Eu não sei fazer poema, acho meio careta até, mas me deu vontade... Sabe quando do nada vem alguma coisa na sua cabeça e você tem q botar pra fora?! Ta'í

domingo, 22 de agosto de 2010

Mudança

Meu pai se mudou pro meu condomínio há mais ou menos um ano, ou sei lá... Então não aguentou. Era distante do trabalho, ele chegava tarde e não podia fazer nada além de comer e dormir, não conhecia ninguém por perto pra sair... Então ele mudou de volta pro lugar de onde tinha vindo.
Então no dia da mudança, que foi ontem, eu resolvi ir num show. Cheguei em casa já hoje, papai estava no sétimo sono talvez. Eu não tinha visto onde ele tinha arrumado "tudo" (explicação pras aspas: tudo se resume ao sofá, minha cama e o armário dele, mas não inclúi meus pertences em si).
Aqui não se acha nada... Demaquilate pra que né?! Foi algodão embebido na água e no sabonete dermatológico... Roupa de dormir, quem precisa?! Vasculhei a caixa de roupas pra passar e catei uma camiseta branca qualquer. Agora, um lençol, um travesseiro e um edredom estão fazendo falta, mas já arranjei uma almofada da cama; o colchão tá com o "cobre-leito" e a colcha que o transforma em sofá virou cobertor...
Na guerra, tudo se improvisa!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Depressão Pós Primeiro Dia

Terminou o primeiro dia oficial de aula e eu já estava aguardando o momento perfeito pra me debulhar em lágrimas.
Pensei em um trizilhão de coisas que poderia escrever aqui, pra botar pra fora, expulsar de mim como um vírus nojento que se apodera do corpo indefeso (não sei se foi uma metáfora boa, mas que foi poética foi, né não?! Daquele tipo bem visceral...)

Então antes dessa difícil missão (nem tanto, é fácil escrever com os sentimentos pulando e quase escapando pelas pontas dos dedos) eu decidi ler o blog da minha docinha (rs) e fui me "acalmando"; sabe por quê?! Ela falou um monte de coisa sobre o passado que eu tanto amo (não gente, não foi sobre os anos 50, Elvis, etc, não...). O passado na escola!

Nós realmente nunca damos valor a alguma coisa até perdermos. Mas eu sempre dei valor ao meu amado Ensino Médio! Eu adorava ficar dois dias na semana até tarde no colégio, adorava achar aquele lugar tão familiar, uma segunda casa mesmo...

Então hoje eu chego, sento na minha sala, que eu não posso chamar de minha, porque várias outras turmas de vários outros cursos passam por ali também, assisto a aula com uma turma, o professor libera, parto eu pra próxima sala pra outra aula, com outra turma diferente, só permanecendo alguns poucos da aula anterior. Onde está aquele clima de família?! Cadê aquela coisa que todo mundo percebe quando você vai ou não pra aula e se preocupa com você?!

Enfim, eu precisava passar por isso em algum momento da vida. E tudo bem, vou superar tudo, vou me acostumar, como todo ser normal faz, mas como vou sentir falta da minha turminha de Ensino Médio...

Ok, momento "saudade/depressão" acabado, vida que segue!
Dias melhores com certeza virão!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gym sessions

Eu definitivamente odeio academia e isso fica nítido na minha cara de satisfação (NOT!) quando estou lá. Odeio o barulho de ferros se batendo; odeio o barulho da esteira e dos pés se arrastando no equipamento; odeio a televisão de lá porque sempre está em algum programa que não é muito agradável e mesmo que fosse, todos os outros barulhos abafam o som do aparelho; odeio quando um instrutor resolve colocar aquelas músicas que TEM cara de academia no máximo volume daquele SuperStereo que você vê no encarte do PontoFrio. Mas acho que o mais odiável são as conversinhas. Aquelas conversinhas tenebrosas que ninguém merece mesmo! Que surgem do nada, só pra não ficar aquele clima de, desculpem a expressão, mas como diz minha mãe, "peido no ar". É basicamente a mesma situação do elevador, mas como já dissertei sobre este tema, vamos pular pro que interessa no post de agora.

Estava eu "alegremente" na academia hoje(só modo de falar ok, porque já sabemos bem que eu só fico alegre mesmo lá depois dos meus 30 minutos suados na esteira, ou seja, depois que toda a endorfina foi devidamente liberada) e ouço uma conversa que começa do nada (claro, só ouço mesmo, porque enquanto me exercito não vou ficar gastando energia tentando me comunicar). Esta era baseada no assunto em alta da atualidade: o bendito caso do (ex)goleiro do Flamengo, Bruno. Foi uma série de piadas sem graça e de mau gosto, incluindo "Esse time do Flamengo é bom né; o que mata é o goleiro".
Não sou de dizer isso (sério mesmo, acho que pouquíssimas foram as vezes em que usei tal termo), mas esse momento mereceu um enorme "AFF!"

Tudo bem, ouvi isso porque quis, não tinha nada que estar ouvindo a conversa alheia; mas você sabe né, nada pra fazer enquanto finjo que sou um hamster (=fico caminhando infinitamente no mesmo lugar), nada de bom na tevê e PAF!, vem algo pra se prestar atenção. Como sou do tipo que lê até caixa de remédio enquanto tomo café da manhã (mas isso é assunto pra outro post), preciso prestar atenção em algo (qualquer coisa) enquanto fico naquela tortura...

Quanto ao tal caso, que venha a verdade! Não me importo com o que será decidido, desde que as pessoas certas sejam punidas (ó a ambiguidade! Não é punir os certinhos que não fizeram nada e sim os verdadeiros culpados, os caras certos. Enfin...).

Bom, mesmo não suportando muito, é necessária minha visita à academia. Faz bem pro meu corpo e pra minha saúde (e pros meus olhos também; tem um colírio lá que faz a tortura valer à pena...)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sobre cubos e esferas

Durante a copa, entrei no elevador e logo em seguida entrou também o pai de uma colega minha. Não vejo a menina há um bom tempo mas os pais dela sempre foram simpáticos comigo.
Eu paro no segundo andar e o tio ainda subiria mais alguns. Da garagem ao meu andar deve demorar - insuportavelmente longos - 15 segundos, tempo demais para se passar dentro da pequena caixa.

Na rua ainda podemos esbarrar em alguém e ir conversando no caminho, ou talvez dizer que estamos atrasados e sair correndo em outra direção. Mas dentro desse transporte torturador não há fuga! Não há assunto! Não há o que fazer.
Se você encontra alguém conhecido no elevador, deve se contentar com o simples "oi, tudo bem", porque não tem tempo para se criar uma conversa decente; não se pode discutir política, economia, educação, transporte e turismo em pequenos segundos (se muitas vezes não conseguem discutir tais assuntos em 4 anos de poder, como meros civis conversariam casualmente sobre isso em um ambiente totalmente não preparado pra tal fim, né?!). Como não separamos nenhum material para o caso de sermos surpreendidos no elevador, o que cai muito bem então em situações como essa são assuntos de rápida absorção: o tempo lá fora, a noticia que esta sendo mais falada ultimamente, o preço de alguma coisa comum (donas de casa tá'í a dica, podem falar à vontade do preço do arroz ou do quilo do peito de frango! Falando nisso, olha que absurdo, há um tempo atrás vendiam mamão a R$0,45 no mercadinho daqui; hoje ele custa 2 e tal A UNIDADE!!!!!)...

Como na época o assunto mais badalado era a copa, o tio vem com a terrível pergunta "E o
Brasil hein?". Tudo bem, sou brasilera, vivo no país do samba, do calor, da praia, do futebol, do carnaval (da impunidade)... Mas não quer dizer que vivo essas coisas. Naquele dia eu estava me preparando pra fazer alguns furos na parede durante o jogo e colocar uns quadros depois; isso pra ser implicante mesmo, porque eu quis furar a bendita parede de concreto no sábado e mandaram o porteiro lá em casa pra me fazer ficar quieta. Galvão comentava e eu pressionava a furadeira na parede, saía gol e eu furava com mais força, vuvuzelas gritavam loucamente e eu, com aquela aparência insana, gargalhava enquanto finalmente conseguia encaixar o primeiro parafuso...

Enfim, devemos sempre nos manter sociáveis, ate quando não pertencemos a tal mundo. E pra não ser mal educada e simplesmente ignorar a pergunta inocente do tio, tive que fazer algum comentário qualquer.
Mas sabe o que eu realmente deveria ter feito?! Sido sincera!
O Brasil?! Cara, sei lá! Só vejo jogo quando não tem nada que eu entenda na TV (ou seja, viagem a um país com idioma desconhecido por minha pessoa = futebol na certa, porque não é necessário muita habilidade pra entender que a bola tem que entrar no gol pro lance funcionar).
A única coisa que realmente importou nessa copa foi o sorriso do Cristiano Ronaldo, que eu vi várias vezes durante aquela goleada de Portugal versus "Não lembro quem" ( aquele jogo que deu 7 a 0)...

Por isso que até agora me arrependo de não ter comprado essa camiseta que vi numa Adidas de Frankfurt

domingo, 20 de junho de 2010

Nostalgia e Saudade

são duas coisas diferentes, porém semelhantes.

Assim que estreou aquele canal Boomerang, o slogan era "Tudo que é bom volta". Deu pra perceber de cara que o canal era pra todos matarem suas saudades de programas da infância, curtirem uma nostalgia, tudo com um certo saudosismo.

Temos certeza que tudo um dia acaba, tanto os sofrimentos quanto o que é bom

Não sei se dá pra ser clara o suficiente, mas geralmente sentimos saudade daquilo que podemos rever, de pessoas que partiram, de lugares visitados. Já a nostalgia é sentida em relação a coisas que não voltam, como desenhos da nossa infância (o que o Boomerang queria reviver e acabou não funcionando muito bem), o tempo na escola, aquelas férias perfeitas, a casa da vovó que você passava o verão quando tinha uns 10 anos...

A nostalgia serve pra nos lembrar do que foi bom no passado, do que valeu a pena. Se nada acabasse, não definiríamos o que foi válido e o que poderia ser descartado. Minha mãe fala que tem memória seletiva, só guarda o que foi bom. Ok, sobra mais espaço no HD pra experiências legais. Mas é bom guardar também o desagradável pra não cometer os mesmos erros.

Algumas situações e pessoas marcam nossa vida de uma maneira que nos faz querer "repetir a dose", mas mesmo tentando fazer tudo igual, nunca mais vai ser a mesma coisa. Temos saudade.
Como meu amigo uma vez disse, saudades insuportáveis.
Eu nunca soube o que era sentir "saudades insuportáveis" até pouco tempo atrás, quando os dias de colégio terminaram e eu percebi que não ia mais ver aquelas mesmas pessoas que tanto amo todos os dias; e também depois de uma viagem maravilhosa nessas férias.
Sinto saudade das pessoas que transformaram meus momentos "comuns" (outros nem tanto assim) em extraordinários, incríveis, inacreditáveis... simplesmente perfeitos.
Essas pessoas podem voltar (basta estarem com tanta saudade quanto você), os momentos idênticos não (mas melhores ainda podem vir).

Inspired by JLoValadão!

Xx

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Manuel de Bon Vivant

Não sou boa de dar conselhos; me preocupo quando as pessoas me procuram para isso e/ou dizem que eu sou a melhor para resolver algo pois tenho mais "pé no chão" ou "a cabeça no lugar". Eu já disse a minha mãe que sou insegura até para decidir com qual roupa devo sair de casa; ela, muito sábia (como só descobrirei ao longo da vida), respondeu que isso não é falta de segurança e sim o fato de ter uma quantidade vasta de opções, o que gera a dúvida; a resposta básica para isso tudo? "Não dê opções ao ser humano." Dúvida é diferente de insegurança.

Mas não vim falar de dúvidas, ser ou não ser e blablabla... Vim dar um conselho! Sim, eu disse antes que sou ruim para isso, que não acho certo quando dizem que eu sou a mais sensata para algo, que tenho dúvidas e inseguranças, mas acho que sou capaz de falar pelo menos algo que sinto que é certo.

Já viu em algum lugar "curta a vida porque a vida é curta"? Isso é verdade, e ao mesmo tempo não é. Depende muito também da fé de cada um; se você acredita que só tem essa única vida que está vivendo agora, corre!, tá fazendo o que parado na frente de uma tela lendo isso?! Vai conhecer o mundo, ajudar pessoas, dar boas risadas, descobrir coisas legais... Já se você acredita no "algo mais", fica aqui mais um pouquinho que pode ser útil (depois, não deixe de fazer tudo o que está acima, porque vale a pena!).

Meu primeiro conselho para "viver bem" é ter conhecimento. E este não precisa vir de livros, você não precisa passar a vida sentado na primeira fila no colégio, não precisa decorar datas e nomes completos de tudo. O conhecimento vem da própria vida; você só o adquire vivendo, intensamente. Corra riscos; muitas vezes você acerta, outras você erra, e nem por isso deixa de aprender.

Não tenha medo de se arrepender; seja por ter feito algo ou deixado de fazer. Acho que, de vez em quando, com o arrependimento nos tornamos mais humildes. E é bom arriscar, fazer o diferente; mas com isso pode vir aquela sensação de não ter feito o certo; well, buddy, at least you tried!

Apaixone-se! Por uma mesma pessoa vários dias de sua vida, ou por várias pessoas diferentes em um dia só. Mas não no sentido banal que todos conhecemos do ato de se apaixonar. E sim no sentido de descobrir algo desconhecido em cada um e se encantar com aquilo. Assim como podemos nos apaixonar por um bom livro ou filme, também podemos sentir o mesmo em relação a um parente distante ou um amigo antigo.

Tenha um objetivo; não é certo vir aqui só a passeio. Sempre admirei aqueles que, já com poucos anos de vida, sempre souberam o que queriam pro futuro. Não que a vida tem que ser totalmente planejada, organizada e tudo deve seguir daquela maneira. Mas é bom se ter alguma noção do que você quer para si próprio. O que vier no caminho é vantagem (ou não, mas de qualquer maneira conta, não deixa de entrar no diário!), pois o destino não é fixo.

Conheça pessoas e lugares. Onde vivemos atualmente, temos medo de tudo que nos cerca; e criamos armas e cercas. Não é certo se isolar do mundo e simplesmente ignorar os fatos. Todos se sentem ameaçados com tudo e não se permitem conhecer as coisas, acham que tudo já está tão acabado que não acreditam na existência da beleza. Isso não quer dizer que você tem que subir na favela e admirar a linda vista do topo do morro... Mas acredite que ainda vale a pena sair de casa.
O mundo tem pessoas e lugares maravilhosos demais para ser desperdiçados!

Divirta-se! O melhor da vida é viver e o importante é ser feliz!

sábado, 22 de maio de 2010

"Quando todas as minhas opções parecem perigosas, o que eu faço? "

Eu tenho problemas, como todo mundo. Mas todos acham que minha vida é perfeita. Bom, ela é ótima! Mas de vez em quando nada parece me satisfazer, dá uma sensação de vazio e eu me pergunto o que estou fazendo, qual é meu papel aqui.
Enquanto não quero me preocupar com os meus problemas, me foco nos dos outros, que parecem menores do que os meus; mas todos nós achamos ter os maiores problemas do mundo né.
Então, parando pra pensar, dessa vez meus problemas são minúsculos, sem graça, até... bobos. Acho que dá pra eu oferecer um ombro amigo nesse momento.

E falando em amigo, foi o que me inspirou a escrever hoje. Tenho uma amiga passando por um problema, que eu não preciso dizer exatamente o que é, já que isso só é da conta de quem "está problemática"... Mas digamos que a situação se encontra no campo amoroso. Todo mundo já teve problemas desse tipo. E geralmente esse é o pior dos casos. Porque cria uma guerra interior, já que é algo emocional. Estamos sempre brigando entre a razão e o sentimento, então fica complicado escolher o caminho mais correto, ou o menos errado.

Bom, respondendo à pergunta do título, que foi feita por essa amiga que está sofrendo:
Escolhe a menos dolorosa possível. Se você tivesse que escolher entre quebrar a mão inteira e quebrar somente dois dedos, o que seria "menos pior"?! Tudo bem que nem sempre o menos perigoso parece menos doloroso pra gente... por exemplo: se eu tivesse que escolher entre pular de asa delta e pilotar um helicóptero, eu ia preferir o segundo, só por não precisar me jogar de um abismo (e sentir aquele frio horrível na barriga) pra alçar vôo; mas seria algo que me colocaria em risco de vida, já que eu não sei pilotar!

A vida é feita de escolhas. Lembra sempre que quando você escolhe uma opção, já elimina as outras. E se arrepender faz parte do jogo! Você pode se arrepender por ter feito algo, como pelo contrário. Eu já fui de dizer "prefiro me arrepender do que eu fiz do que me arrepender de não ter feito"; nem sempre isso funciona, mas desse jeito eu consigo dar uma chance aos acontecimentos da vida.

Amiga, não posso te mandar abrir os olhos porque sabemos que quem está dentro da situação não vê as coisas por completo. Mas nós de fora, well, we can see the big picture...
Anyway, sempre estarei aqui.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Off with her head"

Depois de um bom tempo desaparecida estou de volta com algo que estava com vontade de fazer há um tempinho já... análise de Alice.
Como fã do Tim Burton, eu esperava ansiosamente o lançamento do filme aqui pra poder ver um hit da minha infância de maneira diferente, e bota diferente nisso. Mas tenho que dizer que, como fã do Tim Burton, me decepcionei bastante. Por quê?! Porque achei que ele ficou limitado demais! #prontofalei Desde o início eu suspeitava que a parceria dele com a Disney não ia ser das melhores... O cara é doidão, faz filmes bem dark, com temáticas meio bizarras, como daria "certo" trabalhar com a rainha da criançada (que não é a Xuxa - e se fosse, acho que seria pior ainda)?! *Deixo claro que eu ADORO os dois, Burton e Disney, porééém, separadamente!

A história do Lewis Carroll dá margem a viagens bem legais e com certeza poderiam ter sido muuuito melhor exploradas nesse filme.

Já vi muitos dizerem que a obra representa a adolescência... como só tinha visto o desenho e lido o livro quando era criança, nunca tinha parado pra analisar desse jeito. E quer saber? É verdade! Pensando bem na história que virou filminho da Disney, é mais ou menos igual a essa tenebrosa fase.
Primeiramente, como ela vai parar no tal "País das Maravilhas"??? Originalmente, ela está passeando com a irmã mais velha e resolve sair correndo atrás do coelho branco, que aparece sempre nervoso, com medo de tudo e atrasado... Vamos analisar por partes tá: Alice é uma menininha curiosa e se distrai com o coelhinho bonitinho vestidinho, etc... bem pré-adolescente né?! E o coelho... bom, já percebeu que sendo adolescente a gente fica nervosa com facilidade, tem uns medos estranhos e... tá quase sempre atrasado?! (bom, eu não costumo me atrasar não, mas é bom d+ poder dormir um pouquinho além da hora né...)

Aí vamos à toca do coelho. Alice cai num buraco que parece sem fundo, cheio de objetos estranhos, relógios, livros... sabe do que eu lembro quando penso em livros e relógios? Escola, estudar, aprender a ser responsável. Claro que tem adolescente que nunca aprende isso e vira adulto sem aprender, mas essa é uma característica marcante também da fase, aprender a se transformar em adulto. E ela cai nesse buraco num susto né?! Porque correndo atrás do coelho, na distração eis que, PUF!, surge a queda...
Chegando no chão o que ela encontra?! Várias portas e uma mesinha com bebidinha, bolinho e uma chave. Primeiro portas: ser criança é fácil né, você não tem que decidir nada, responder por determinadas escolhas. Sendo adolescente, dependendo da porta que você abre, o caminho pode ser bom ou não, e você, colega, que te vire! A escolha é tua e você tem que aprender a lidar com isso.
Bebidinha com "beba-me" e bolinho com "me coma" são bem convidativos né... eu diria que pode servir como uma alusão às drogas, que são descobertas nessa fase, sendo mostradas pelos amigos (na verdade "frienemies") de um jeito meio sedutor. Mas vou ser boazinha e vou falar só do efeito mostrado na história: a bebida faz Alice diminuir e o bolinho, crescer. Sabe o que são estrias? Basicamente, é um efeito sanfona que acontece na pele por causa do crescimento... o corpo se desenvolve e a pele não acompanha direito. Claro que estrias podem surgir em qualquer idade, mas qual é a fase que as proporções do corpo ficam mais alteradas??? I think you got it!

Depois de beber o líquido não identificado e ficar minúsula a ponto de passar pela portinha que escolhe, ela percebe que largou a chave na mesinha e resolve comer o bolinho pra crescer e pegar a chave de volta. Só que ela cresce demais e começa a chorar. E chooora... então cria um lago de lágrimas. Pena que o cara não era mexicano e naquela época ainda não passava novela no SBT!
Adolescente é um ser estranho, que acumula muita coisa, muitas emoções ao mesmo tempo e de algum jeito acaba explodindo... daí surgem comportamentos agressivos, emotivos (d+), indiferentes e até espinhas... Mas se juntar todas as lágrimas que eu já chorei nessa fase, não enche nem aquele balde de 700 ml do Mc (lê-se "méqui") ta.

Bem depois desse dramalhão vem a lagarta azul. Só por ela ser azul eu já sinto algo meio psicodélico... enfin, a tal lagarta é um ser sábio que dá conselhos (not really, porque ele só fica lá sentadão no cogumelo fumando aquele cachimbinho e respondendo com coisas sem noção), é aquele amigo que você corre quando entra em desespero. E Alice vai parar lá com crise de identidade por causa das mudanças de tamanho e por não saber mais os poeminhas que tinha decorado. O lance dos poeminhas é uma sátira que o autor fez aos poemas que as crianças britânicas da época tinham que aprender. Bom, ela começa a esquecer os poemas, o que significa que ela está começando a deixar para trás sua infância. #OMG! E claro que isso causa crise em todo mundo... abandonar aquela época em que tudo era mais fácil é algo muito difícil.

Como eu já falei demais, vou só terminar com a Rainha de Copas, que na minha opinião é uma personagem bem "complexa"...
Ela se assemelha àquelas criancinhas mimadas que se jogam no chão do shopping e esperneiam quando a mãe se recusa a comprar alguma coisa.
*a primeira vez que eu fiz isso foi no mercado;minha mãe simplesmente virou as costas, fingiu que não me conhecia, foi pro outro corredor e ficou só me observando de longe; quando eu, aquele pingo de gente com aproximadamente 1 aninho de vida e menos de 1m. de altura, percebi que não tinha audiência pro meu show, parei, me recompuz e NUNCA mais paguei um micão desses!
A Rainha de Copas é exatamente essa criança irritada e mal criada, que sempre teve tudo à disposição e quando surge qualquer insatisfação é só cortar-lhe a cabeça.
O que naquela terra de maravilhas (*cof cof) é algo simbólico, porque todos são loucos, ninguém mais tem a cabeça no lugar.

Foi bem interessante a representação da Rainha feita pelo Tim Burton; primeiro achei bizarro colocar a própria mulher com aquela aparência tão (no mínimo) estranha, depois entendi que ela mandava decapitar todo mundo porque tinha aquele defeito do cabeção e não aceitava ser diferente, então queria punir qualquer erro do povo destruindo o que tornava os outros diferentes dela. Sendo no desenho, no livro ou nesse filme, como sempre, ela se mostra mimada e imatura.

Outro elemento do filme que eu adorei (juro que é o último que vou comentar!) foi o nome do lugar. Não sei se deu pra notar, mas esse filme de 2010 é uma continuação da história que nós conhecemos mais pelo desenho... No antigão, a Alice é uma menininha que nomeia aquela terra de "Wonderland", porque tudo parece um sonho, é animado e maravilhoso.
Na verdade, o lugar não passa de "Underland", o mundo subterrâneo, que ninguém sabe que existe, mas que acidentalmente pode cair lá em algum momento da vida...

Acho que vale a pena reler o livro e rever os filmes para interpretar da maneira que quiser. Desde que ajude a atravessar essa ponte, porque adolescência também pode ser comparada à uma ponte, às vezes sólida como de antigos castelos medievais e outras, bamba como aquelas de madeira em tribos distantes.

Xx

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aventuras em Série, parte2

Continuando as aventuras do Rio até Atenas,
Já era quase certo que perderíamos o vôo das 17:40, então, no caminho, fomos procurar vôos mais tarde. E a hora foi passando e nós paradas na Linha Vermelha. Resolvemos descer em São Cristóvão pra tentar ir por dentro "cortando" o trânsito. Yeah, right! Claro, como Murphy é nosso "besti", o taxísta teve que parar pra abastecer e isso comeu pelo menos 10min. do nosso precioso e escasso tempo. Decidimos seguir pela Bulhões, em Benfica (a Faixa de Gaza carioca). Foi um anda-e-para danado. O vôo das 17:40 já tinha sambado há muito tempo, eram 18h naquele momento em que a menina da agência ligou dizendo que tinha arranjado um vôo às 20:20, ou seja, o ideal seria estar no aeroporto às 18:20, mas tudo bem... Nos livramos do trânsito lá finalmente (acho que graças às palavras poderosas da minha mãe, que garantiu que dali a meia hora estaríamos no aeroporto), às 18:30 estávamos descendo do táxi, e o cara que tinha ficado com nossas malas já tinha espalhado a história pra metade dos atendentes do lugar.

Conseguimos fazer check-in, despachamos as malas e fomos esperar o embarque. Woohoo! Agora lugares confortáveis nem pensar né? Fila de quatro cadeiras, eu e minha mãe presas nas duas do meio... \o/ Pelo menos estávamos lá né!

20/03/2010 - Eu sou da terra do Pelé!

Chegamos em Paris pra pegar o vôo pra Atenas. Tudo on-time, só que ficamos uns 40min. esperando pra sair do avião e estávamos nos atrasando pro próximo vôo. Descemos. Terminal 2E, lembrando que o CDG é enoooorme, tínhamos que bater asinhas até o 2D.
Na correria pra chegar do outro lado do aeroporto, umas mulheres nos pararam, cheias de autoridade, pegando passaportes e passagens; aí começaram a mandar a gente assinar lá um papel e do nada percebi que tava escrito "amount"... a sujeita que segurou minha mãe não queria deixá-la sair de jeito nenhum e aí ela percebeu a jogada daquela atuação toda: era pra fazer "doações" a uma instituição de surdos e mudos! Por isso que eu fiz perguntas a uma das mulheres e ela não me respondeu nada... e eu jurando que era algo sério, que tinha a ver com o vôo ou sei lá...

Conseguimos fugir das sujeitas. Corremos que nem doidas pelos corredores do CDG (so not classy!) e chegamos ao terminal certo. Na esteira de RaioX pra passar pro portão eu esqueço a passagem e o passaporte! Quase hora do embarque e cadê as coisas? Volto eu pra esteira e comunico o guarda, que me fez segui-lo de esteira em esteira pra perguntar se eu tinha deixado ali. No final ele disse que iam levar tudo pro portão. Vou eu pro portão e vem um cara atrás de mim com o passaporte e o bilhete na mão. UFA!

Pegamos o vôo, conhecemos brasileiros e foi tudo "bem" (sentados atrás de mim tinha um ser que fedia MUITO e um outro com as mãos muito sujas que ficava apoiado no encosto da minha cadeira... e o medo da mão do cara encostar no meu cabelo!!!)

No aeroporto de Atenas, depois de esperar um bom tempo na esteira, descobrimos que as malas ainda estavam em Paris e só sairiam de lá no vôo das 22h! Bom, pelo menos não tivemos que andar no metrô arrastando mala...

Descemos numa estação não muito longe do hotel, mas fizemos a burrada de pegar um táxi. Aí veio a última desventura... Como não tínhamos notas pequenas, tive que dar uma nota de 100euros; só que o taxísta fez uma troca que até mágico de festa infantil faria melhor: ele pegou a nota que eu dei e colocou no bolso da camisa, de onde tirou uma nota de 10 e me disse que ainda faltava dinheiro. Só que ele deve ter esquecido que nós somos brasileiras (ele até tinha perguntado se era do mesmo lugar do Maradona. Sorry, sucker! É a terra do Pelé!); e sendo brasileira, me recuso a sair de "casa" pra ser enganada na terra alheia (já rola muita enrolação na minha terra).
Acabamos fazendo o cara das o troco todo certo!

domingo, 21 de março de 2010

Aventuras em série

Inacreditável! Não há melhor palavra pra descrever este dia. Tudo estava perfeitamente planejado e sendo bem realizado; entramos no carro pro aeroporto exatamente às 14h. A aventura estava apenas começando.

Aeroporto vazio = tranquilidade + check-in rápido. Ok! Ok?! NÃO! No guichê de check-in descobrimos que minha autorização pro embarque internacional não estava de acordo com o que era requerido. E aí começou a verdadeira aventura. Dali procuramos alguém da polícia federal pra tentar descobrir o que poderia ser feito; o cara vem na maior calma dizendo que era a gente ir no juizado de menores pra conseguir o documento necessário. Lembrando: SÓ isso! Ok, piece of cake, right? Wrong again! O juizado fica no Centro, perto do Sambódromo.

Já estava por volta das 15h e o vôo saía às 17:40. É, de helicóptero talvez desse tempo... Pegamos o primeiro táxi de uma longa trilogia; do aeroporto ao juizado fomos em 15min. Tranquilo!

Chegando lá, as moças foram super prestativas, queriam mesmo ajudar; mas a coisa ali ia demorar muito então elas nos aconselharam ir num cartório pro meu pai refazer o bendito papel.

Vamos ao segundo táxi, um pouco mais lento que o 1º: do juizado, no Centro, ao cartório, em Botafogo. Bot'aí pelo menos 30min. de trânsito... chegamos no cartório, papai com papéis em mãos já, foi só assinar e AUTENTICAR firma e pronto, pegamos o terceiro táxi, lento e eterno...

Continuo a aventura amanhã porque aqui já é muito tarde e amanhã acordamos cedo.

Stay tunned!

terça-feira, 16 de março de 2010

"Montanha-Russa pra felicidade"

Hoje me surpreendi com um texto do Ashton Kutcher! Sim, dele mesmo... tá, eu tenho twitter e sigo @aplusk...Ele tem uma espécie de blog e hoje postou uma de suas lições (confesso que essa foi a primeira que eu li, mas achei interessante); eu resolvi traduzir mas quem quiser pode ler o original aqui. Resumidamente, o cara falou de felicidade, emoções, pensamentos, razão e sentimentos (não sei porque lembrei do NxZero, e olha q nem gosto da banda...)

"Muitas vezes achamos que emoções, sentimentos, experiências são muito mais poderosos que um pensamento. Um pensamento, uma ideia é algo não muito tangível, não é algo que nós necessariamente sentimos sua energia, seu poder. Sentimos que a emoção é muito mais pessoal - uma emoção de amor ou ódio, de bem ou mal - que parece ser uma experiência muito mais real, física, significativa, profunda. Mas pensamento? Há muitos pensamentos! É remoto. Está no ar. É imaginação. Não é algo tangível e físico.


Entretanto podem pensamentos ser maiores que o coração? Pensamentos são maiores que sentimentos? Mais elevados e mais poderosos? Damos muito poder a sentimentos e emoções?


Se desejamos ser criadores de nossa prórpia felicidade precisamos deixar nossa existência reagente. Reação é quando permitimos que nosso ambiente controle nosso estado. Todo o conceito de reação está sendo dominado pelas emoções. Como fazemos o show?


Precisamos ser comandados pela consciência - o que nos ajudará a causar as emoções certas. Não digo que não devemos ter emoções. Mas quem as está controlando? Nós ou o ambiente? O pensamento deveria controlar as emoções, e não o contrário. É tipo, quem está no comando? O dono do cão ou o próprio animal? Quem está levando quem pra passear?


Na vida, infelizmente, a razão de as pessoas passarem pelos altos e baixos é que nossas emoções - que são nossa maneira subjetiva de ver a realidade, e esta é geralmente a emoção típica pela qual somos controlados - estão controlando nossa vida. Como resultado, não tem como sermos positivos, porque se não estamos injetando consciência e intenção e pensamentos em seja lá o que estivermos fazendo, isso nunca funcionará. Mas a vida sempre injetará a emoção que nós tirará do caminho certo caso contrário nós nunca poderemos ganhar a felicidade verdadeira. E se nós não a ganhamos, nunca a apreciaremos. É como se alguém te desse um quebra-cabeça já montado. Não há sensação de realização.


Quando não temos um pensamento e consciência e intenção antes de qualquer processo, deixamos a emoção comandar o show. Então precisamos iniciar, pausar - mesmo que possamos estar fazendo algo para alguém que amamos. Realmente queremos fazer algo para estes. É natural, nós amamos isso. Nós temos emoção, nós sentimos. Mas devemos parar e pausar por um segundo, “ O que eu acho disso?”. Se for mesmo para ajudar sem compromisso, para revelar felicidade no mundo, causar mudança na vida deles, mudar nossa própria inclinação egoísta, então devemos injetar pensamento e consciência nisso. Claro que adoraríamos ter essa emoção positiva natural em nós para carregar, mas devemos ter certeza de que o pensamento será mais importante.


Emoção sem prévia consciência... é como um avião sem um piloto: mais cedo ou mais tarde irá se desfazer. Inicialmente será ótimo - um ótimo passeio. O avião vai bem alto. É isso que acontece com as emoções. O único problema é que não parece que pensamentos são mais fortes que emoções, e é disso que se trata uma consciência forte.


Imagine que você se sente péssimo hoje, e certas coisas que você não gosta acontecem. Mas nos seus pensamentos você diz “eu sei que isso é uma oportunidade, sei que é para o melhor,” mas apesar disso, você se sente mal. É um sério conflito: Emoções versus seus Pensamentos, sua Consciência. O que você faz a respeito disso? “Não quero mentir para mim mesmo; eu realmente me sinto mal.” E esse é o teste. Você vai permitir que seus sentimentos controlem sua consciência e acreditar que é uma experiência negativa... ou você vai decidir, “um segundo, não estou em negação - eu realmente me sinto mal, mas tenho a certeza e a consciência de que isso é para o bem, e eu vou criar o bem disso, e vou transformar a situação em boa.”


Se nos prendermos a esse pensamento ao invés de ao sentimento que está nos puxando para baixo, puxando nossos pensamentos para baixo e levantando dúvidas de “isso será realmente bom?”... se não deixarmos isso acontecer, então cedo ou tarde a emoção vai surgir também. A sensação boa também vai surgir. E isso é verdadeira realização.


Quando estivermos aptos, atravez dos pensamentos - porque acreditamos que pensamentos são um poder muito mais forte para transformar sentimentos, o que é uma indicação de transformação - nos sentiremos ótimos porque pensamos grande."

domingo, 7 de março de 2010

Forgiveness... is more than saying sorry

O ser humano fere. O ser humano machuca. O ser humano causa dor. O ser humano não se desculpa. Ele pode até se arrepender, mas pedir perdão é algo que fere também. Mas não fere de magoar; fere o orgulho inchado que o ser humano sempre carregou desde que se dá por ser humano; fere sua razão, já que o ser humano acha que está certo o tempo todo, não ponderando o que o outro ser humano apresenta.

O ser humano é programado para ser bom; todos nascem para ser bons, mas os caminhos para o bem acabam sendo, muitas vezes, difíceis de serem seguidos. Aí o ser humano aprende a errar. E aprende que errar é humano - e perdoar é divino. Porém o ser humano até se dá ao luxo de perdoar (será porquê o ser humano tem mania de querer ser um deus?), porque quem ama perdoa (e quem ama não trai; mas isso não vem ao caso no momento). Mas é duro demais se dar ao trabalho de se desculpar, por mais que queira.

Assim como o ser humano aprende a errar e a perdoar, deve aprender outra coisa super importante dentre tantas outras:
Há duas coisas que não têm volta, a bala após sair da arma e a palavra após sair da mente. É, você pode se arrepender seriamente de ter apertado o gatilho, mas não pode correr atrás da bala e colocá-la de volta no revólver. E você pode chorar e/ou perder o sono por ter dito certas coisas, mas o que foi dito não entra de volta nos seus pensamentos e nem é apagado da memória de quem recebeu a informação.

Portanto, devemos aprender a pedir perdão, e esperar pacientemente por ele.

Enquanto isso, arranquemos algumas páginas dolorosas, imaturas e impensadas.

sábado, 6 de março de 2010

"you gotta love someone"

Hoje eu acordei sem saber o que fazer. Nos veríamos finalmente, depois de duas semanas e quatro dias. Choveu. Engarrafou. Desistimos. E meu destino foi cair aqui, na internet, como todo dia venho, e fico, acabando com meus olhos e neurônios em frente a esta tela de 13 polegadas.

Até que um dia eu desisti de ligar o computador. Fui ler um livro que ganhei do meu pai há uns 3 anos atrás. É o terceiro volume de uma série que eu comecei e esqueci de continuar (sim, esse é um de vários defeitos meus: não dar continuidade a algumas coisas). O livro parece infantil, mas é envolvente e traz assuntos não tão infantis assim de uma maneira menos complexa, mais compreensível. Nesse dia eu li uma coisa que me fez pensar no amor, o que é o amor(?): "Amar é algo que se aprende, como se aprende a andar de bicicleta, ou amarrar o cordão do sapato. É preciso que alguém, ou algo, nos guie, nem que seja um coração."

O amor é algo inexplicável, tanto para um idoso quanto para um ser tão jovem quanto eu. Acho que o ser humano nunca vai descobrir o que é o chamado "amor", só vai conhecer seus sintomas; dentre eles, os mais comuns: risos descontrolados, angústias profundas, prazeres imensos, dores mortais, compreensão e ao mesmo tempo a sensação de nunca ser compreendido, expectativas incríveis, dúvidas cruéis...

Tem uma música que fala "Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez". Nunca entendi se o cara queria dizer que ninguém é feliz tendo amado apenas uma vez ou que ninguém pode ser feliz se já amou alguma vez.

Há níveis diferentes de amor. Amo muito minha família, sinto uma necessidade de saber o que acontece com cada membro, participar de tudo e ajudar a todos. Amo incrivelmente meus (poucos) amigos, de maneira individual e também coletiva: amo quando todos estão juntos e também amo os momentos que tenho com cada um separado. Amo meus pais, mesmo quando suas atitudes não me agradam, pois sei que tudo que fazem é visando meu bem. Amo meu namorado, mesmo com todos os encontros e desencontros que passamos, mesmo com a distância, mesmo com a monotonia.
Estou falando só de amor a pessoas, ok?

Voltando ao pequeno texto que retirei do livro, amar é algo que se aprende, mas não só com uma pessoa, como se aprende a andar de bicicleta ou a amarrar o sapato; e sim com o tempo, com todas as pessoas que passam por nossa vida e deixam alguma marca. Eu aprendi a andar de bicicleta com meu pai; já fazer laço, eu aprendi sozinha. Sim, tem coisas que se aprende sozinha mesmo, coisas que só se aprende tentado, arriscando.
Dizem que andar de bicicleta é algo que você nunca esquece, acredito que assim seja amar. Ninguém esquece o primeiro amor, o segundo, o terceiro, o eterno... não existe botão "undo" nesse programa que é a vida, logo, ninguém é apagado, pois com certeza em algum aspecto ajudou no nosso desenvolvimento.

Procurando no google, o amor é distração, é um paraíso, um sonho que se torna realidade, é tudo; love is a losing game, porém, love is all you need.

Mesmo amando cada um de forma diferente e cada novo amor pareça ser uma experiência totalmente única (o que não deixa de ser), amar ainda é apenas um verbo, composto por quatro simples letrinhas - que quando se juntam formam um universo paralelo, belo, complexo, indescritível, cheio de alegrias ( e quem sabe melancolias) sem fim.

Falando nisso, faz muito tempo que eu não ando de bicicleta!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Loserville (?!)

Olá mundo virtual! =D (--' why so happy??)

Enfim, essa semana finalmente não estou me desfazendo de tanto suar. (now I found the happiness!) Dormi com a combinação perfeita de janela fechada + lençol básico + meia fofa! haha E descobri que não tenho uma calça sem ser pijama ou jeans, como vou ficar somente em casa, quer desculpa melhor pra passar o dia inteiro de pijama??

Bom, como estou, e ainda vou ficar, de férias por um bom tempo, resolvi baixar várias séries e filmes (provavelmente já mencionei isso mas whatever... hum, "whatever" é tão coisa de patricinha que não tem nada melhor pra falar né?! Anyway...) comecei a assistir alguns episódios baixados ontem e fiquei entediada, como vou durar mais 5 meses assim?

Aí hoje de manhã vem minha mãe dizendo que perdeu o sono porque ficou pensando em mim, preocupada em como eu vou fazer pra ir pra faculdade (e pra voltar de noite). Seriously, também estou muito preocupada com isso, mas acho que ainda é melhor estudar longe num lugar bom do que pertinho de casa num lugar não tão bom assim. Please, cut the cord, mum!
Mas ela ficou com mais neura ainda depois que eu contei da minha amiga que começou a estudar na mesma faculdade agora e já tá em depressão por causa da rotina (isso porque ela tá estudando lá há 3 dias só) - Ju, se ler isso, saiba que eu compartilho sua dor e vou passar por isso também muito em breve. Calma, amiga! Relaxa que daqui pra frente é só ladeira abaixo... (olha como eu nasci pra ser cheer-leader!)

Enfim, como aqui também é meu canal de confissões e reclamações, mando mais uma:
agora há pouco, conversando com um amigo, descobri o quão entediante anda minha vida. Ele perguntou se eu tava saindo muito (yeah, right! - tenho ido ao cinema com minha mãe em um dia e com meu pai e a namorada no outro, porque meu boyfriend estuda que nem um cão! Maldito ano de vestibular!!!!). Eu respondi honestamente (what a shame!) e ele veio empolgadão dizendo que vai ter uma festa que começa na sexta e só termina no sábado, com um churrasco (eu nem gosto muito de churrasco - quem já foi totalmente vegetariana por um ano aprende a esquecer churrascos e coisas carnívoras do tipo. Saí desse mundo há alguns meses, não aguentei. - mas toparia qualquer coisa que me fizesse sair de casa). Sabe o que mais? Vai ter uma tequileira contratada na tal festa! Pois é, e toda festa que eu já fiz teve no máximo algumas latas de cerveja e garrafas de vinho, mas só pros adultos! (what a shame # 2)

Sabe o que me deixou menos pra baixo quando ele falou da tal festa com tequileira e tudo?! A chegada dos meus vouchers de viagem!!! hahahaha I'm not that loser anymore, right?!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

pré-faculdade

Ontem teria sido o dia do começo de uma vida nova... era dia de fazer matrícula na faculdade q eu passei! \o/
Ok, deu aquele medo, um frio imenso na barriga, enjoo e tudo, mas a vida nova tem q começar mais cedo ou mais tarde; é fato! Todos (tá, grande parte da população - aquela q não é analfabeta e tem condição pra estudar) passam por isso em algum momento da vida.
Eu to incrivelmente apavorada porque agora tudo vai ser diferente, mas dizem q isso é normal (really?!?!?!)

Bom, passei pra faculdade q eu queria, pro semestre q eu queria (deixemos isso bem claro: dessa vez eu fiz prova pro semestre certo! Pq a última q eu fui me matricular era pro primeiro semestre - fiz prova pro semestre errado e só percebi na hora de fazer matrícula, pode isso?! - Quase dei cabeçadas na parede quando saí do lugar! Me senti tão estúpida...) Anyway, tudo dando certo, só falta perder o medo de bichinho do mato (sou EU!): começar a me comunicar, fazer novas amizades, conhecer gente diferente... como faz isso hein?!

Acho q o medo é enorme assim porque eu só estudei em duas escolas a vida toda! Fiquei em uma do jardinzinho mesmo até a 3a série e na outra da 4a até me formar. Cresci com basicamente as mesmas pessoas, cercada naquele mundinho sempre igual. E agora o pânico de "seguir em frente", meio q abandonar isso tudo e partir prum mundo novo, com gente desconhecida, é absurdo(de ridículo né? haha)! Acho q sou "socialfóbica", ou seja, tenho fobia de conhecer gente... sou tão estranha assim?! euhein...

Mas enfim, ontem quando eu tava lá esperando na fila pra me matricular, fiquei observando todo mundo e pensando "será q eu vou estudar com esse sujeito?! E essa garota q tem três cores no cabelo?! Nossa, q cara estiloso! Esse deve ser da minha turma, TEM q ser! haha"... aí chamaram meu número!!! Ui q frio q deu na boca do estômago, parecia pré-adolescente apaixonada! Fui lá entregar os documentos e o q a moça fala?! Q a matrícula mesmo é só em julho, me entregou um papel pra eu levar no dia da real matrícula e só!
Foi a sorte também né, porque eu teria que tirar foto pros documentos da faculdade e tinha acordado ontem com um olho minúsculo e hiper vermelho (minha mãe só não desconfiou q era droga porque me conhece, mas imagina quem nunca me viu na vida, o q ia pensar??); já tinha até pingado leite pra ele clarear (e clareou, mas não tanto quanto eu precisaria pra uma boa foto).

Bom, o medo vai aumentando, até acabar pelo menos o 1o mês de aula (I hope!). Ainda tenho q voltar lá belamente pra fazer a matrícula de verdade e tirar uma boa foto ;] Ainda vou dar uma olhada no povo de novo e meus amigos q foram pra lá também já vão estar estudando. Menos pior né?!

Até lá eu posto coisas mais interessantes do q apenas o pânico de uma adolescente qualquer q vai começar a sofrer uma mudança de rotina...
Xx

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Introdução à minha pessoa

Sou Carolina Sant'Anna - o nome do meio eu sempre omito porque tenho uma sensação de pobreza quando o menciono (minha mãe tem plena noção disso e não parece se incomodar) - mais conhecida como Carol S., ou somente Carol.
Sou carioca, porém uma grande excessão: não sou fã de praia (só aquelas paradisíacas, sem ninguém, muita sombra e água morna); odeio academia (só o pensamento de puxar ferro e suar dentro de um antro de marombeiros me faz mal - sem ofensas aos que curtem o ambiente e não são como o tipo dito antes); não gosto de calor, sentir calor, transpirar, verão; minha pele é branca como a neve (oh, estamos começando mais um conto Disney...) e eu não ligo pra ficar bronzeada.

Meu gosto musical é bem eclético, mas posso dizer que não acompanho muito as atualidades relacionadas a nova cultura popular: funk, pagode, sertanejo... Assim, muita coisa de música eu herdei dos meus pais, então não é estranho me ver ouvindo standards americanos e a Jovem Guarda; mas não sou um e.t., também ouço Katy Perry, Lady Gaga, coisas de hoje em dia...

Pra filmes também sou "estranha"; entram na lista dos meus favoritos clássicos como Casablanca, E o Vento Levou, Bonequinha de Luxo, Sabrina. Mas também adoro as novidades bem produzidas, as comédias românticas água com açúcar, os suspenses e aventuras intrigantes.

Muitas pessoas que me conhecem dizem que me achavam metida antes de realmente me conhecerem. Tudo bem, concordo que aparento mesmo e meu histórico me faz parecer metida sim, mas é só passar meia horinha comigo e eu mostro que sou do bem! =]

Nunca pareço ter uma opinião formada sobre algum assunto; sempre há duas versões na minha cabeça, como nos desenhos animados em que aparecem um anjinho de um lado e um diabinho do outro, cada um mandando o ser indeciso tomar uma atitude diferente. Assim, meus textos acabam sendo confusos mesmo, porque a minha cabeça é confusa; sempre quero mostrar todos os argumentos possíveis pra uma situação, e acabo me contradizendo muitas vezes, voltando atrás, reconhecendo erros. Mas quem sabe, não é assim que se aprende, vendo os dois lados das coisas, errando...

Enfim, seja bem-vindo à minha mente online!
O objetivo deste blog é me expressar, liberar o que passa pela minha cabeça, compartilhar meus pensamentos mais estranhos ou monótonos com quem se interessar.
Aqui estarei postando diários de viagens, insights do meu cotidiano e qualquer observação que chame atenção.
Espero que gostem, visitem bastante e comentem igualmente!


"Quem está aqui não é um jornalista que escreve on demand, mas somente um leigo que decide dividir suas experiências e impressões com o resto do mundo sob a forma de uma página na Internet. Algumas vezes temos muito a dizer, algumas vezes não temos absolutamente nada. Branco total na tela do Word." Ótimas palavras que li no Lost UND Found In Translation, blog que me inspirou a criar este.