segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gym sessions

Eu definitivamente odeio academia e isso fica nítido na minha cara de satisfação (NOT!) quando estou lá. Odeio o barulho de ferros se batendo; odeio o barulho da esteira e dos pés se arrastando no equipamento; odeio a televisão de lá porque sempre está em algum programa que não é muito agradável e mesmo que fosse, todos os outros barulhos abafam o som do aparelho; odeio quando um instrutor resolve colocar aquelas músicas que TEM cara de academia no máximo volume daquele SuperStereo que você vê no encarte do PontoFrio. Mas acho que o mais odiável são as conversinhas. Aquelas conversinhas tenebrosas que ninguém merece mesmo! Que surgem do nada, só pra não ficar aquele clima de, desculpem a expressão, mas como diz minha mãe, "peido no ar". É basicamente a mesma situação do elevador, mas como já dissertei sobre este tema, vamos pular pro que interessa no post de agora.

Estava eu "alegremente" na academia hoje(só modo de falar ok, porque já sabemos bem que eu só fico alegre mesmo lá depois dos meus 30 minutos suados na esteira, ou seja, depois que toda a endorfina foi devidamente liberada) e ouço uma conversa que começa do nada (claro, só ouço mesmo, porque enquanto me exercito não vou ficar gastando energia tentando me comunicar). Esta era baseada no assunto em alta da atualidade: o bendito caso do (ex)goleiro do Flamengo, Bruno. Foi uma série de piadas sem graça e de mau gosto, incluindo "Esse time do Flamengo é bom né; o que mata é o goleiro".
Não sou de dizer isso (sério mesmo, acho que pouquíssimas foram as vezes em que usei tal termo), mas esse momento mereceu um enorme "AFF!"

Tudo bem, ouvi isso porque quis, não tinha nada que estar ouvindo a conversa alheia; mas você sabe né, nada pra fazer enquanto finjo que sou um hamster (=fico caminhando infinitamente no mesmo lugar), nada de bom na tevê e PAF!, vem algo pra se prestar atenção. Como sou do tipo que lê até caixa de remédio enquanto tomo café da manhã (mas isso é assunto pra outro post), preciso prestar atenção em algo (qualquer coisa) enquanto fico naquela tortura...

Quanto ao tal caso, que venha a verdade! Não me importo com o que será decidido, desde que as pessoas certas sejam punidas (ó a ambiguidade! Não é punir os certinhos que não fizeram nada e sim os verdadeiros culpados, os caras certos. Enfin...).

Bom, mesmo não suportando muito, é necessária minha visita à academia. Faz bem pro meu corpo e pra minha saúde (e pros meus olhos também; tem um colírio lá que faz a tortura valer à pena...)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sobre cubos e esferas

Durante a copa, entrei no elevador e logo em seguida entrou também o pai de uma colega minha. Não vejo a menina há um bom tempo mas os pais dela sempre foram simpáticos comigo.
Eu paro no segundo andar e o tio ainda subiria mais alguns. Da garagem ao meu andar deve demorar - insuportavelmente longos - 15 segundos, tempo demais para se passar dentro da pequena caixa.

Na rua ainda podemos esbarrar em alguém e ir conversando no caminho, ou talvez dizer que estamos atrasados e sair correndo em outra direção. Mas dentro desse transporte torturador não há fuga! Não há assunto! Não há o que fazer.
Se você encontra alguém conhecido no elevador, deve se contentar com o simples "oi, tudo bem", porque não tem tempo para se criar uma conversa decente; não se pode discutir política, economia, educação, transporte e turismo em pequenos segundos (se muitas vezes não conseguem discutir tais assuntos em 4 anos de poder, como meros civis conversariam casualmente sobre isso em um ambiente totalmente não preparado pra tal fim, né?!). Como não separamos nenhum material para o caso de sermos surpreendidos no elevador, o que cai muito bem então em situações como essa são assuntos de rápida absorção: o tempo lá fora, a noticia que esta sendo mais falada ultimamente, o preço de alguma coisa comum (donas de casa tá'í a dica, podem falar à vontade do preço do arroz ou do quilo do peito de frango! Falando nisso, olha que absurdo, há um tempo atrás vendiam mamão a R$0,45 no mercadinho daqui; hoje ele custa 2 e tal A UNIDADE!!!!!)...

Como na época o assunto mais badalado era a copa, o tio vem com a terrível pergunta "E o
Brasil hein?". Tudo bem, sou brasilera, vivo no país do samba, do calor, da praia, do futebol, do carnaval (da impunidade)... Mas não quer dizer que vivo essas coisas. Naquele dia eu estava me preparando pra fazer alguns furos na parede durante o jogo e colocar uns quadros depois; isso pra ser implicante mesmo, porque eu quis furar a bendita parede de concreto no sábado e mandaram o porteiro lá em casa pra me fazer ficar quieta. Galvão comentava e eu pressionava a furadeira na parede, saía gol e eu furava com mais força, vuvuzelas gritavam loucamente e eu, com aquela aparência insana, gargalhava enquanto finalmente conseguia encaixar o primeiro parafuso...

Enfim, devemos sempre nos manter sociáveis, ate quando não pertencemos a tal mundo. E pra não ser mal educada e simplesmente ignorar a pergunta inocente do tio, tive que fazer algum comentário qualquer.
Mas sabe o que eu realmente deveria ter feito?! Sido sincera!
O Brasil?! Cara, sei lá! Só vejo jogo quando não tem nada que eu entenda na TV (ou seja, viagem a um país com idioma desconhecido por minha pessoa = futebol na certa, porque não é necessário muita habilidade pra entender que a bola tem que entrar no gol pro lance funcionar).
A única coisa que realmente importou nessa copa foi o sorriso do Cristiano Ronaldo, que eu vi várias vezes durante aquela goleada de Portugal versus "Não lembro quem" ( aquele jogo que deu 7 a 0)...

Por isso que até agora me arrependo de não ter comprado essa camiseta que vi numa Adidas de Frankfurt