quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ticking clocks

Dizem que o tempo cura tudo. Cansei de ouvir "dê um tempo ao tempo", nunca acreditei nesse pobre remédio.

Acho que essa história de prolongar sofrimentos é só uma maneira de chamar atenção, dizer que é pobre coitado e fazer os outros terem pena de você para conseguir alguma "recompensa". Não prolongo sofrimentos buscando compaixão. Não espalho meu sofrimento por aí, não digo que estou sofrendo e se alguém por acaso percebe, não conto porquê sofro.

Mas não estou falando de sofrimentos - nem do grupo "de" que os acompanha [decepções, (des)ilusões, desesperos]. Porque o tempo não foi feito só para curar isso.

O tempo nos fornece não só a cura, mas a possibilidade de amadurecer. É bom poder pensar no que passou e falar "nossa, eu já passei por isso! E agora tá lá atrás. Olha o quanto isso me fez crescer!". A mentalidade muda de acordo com as experiências vividas. Por isso que idade não deve ser medida pelo tempo em que você se encontra nesta vida, e sim pelo que você já viveu dela.
Também existem aquelas experiências que acreditamos não valer nada. Ah, mas deixa o tempo passar e você vai ver o valor que aquilo teve, nem que seja mínimo; alguma influência teve em alguma decisão sua.

O tempo também é muitas vezes o causador de sofrimentos... aquela saudade imensa e insuportável? Vem com o tempo! Pode ser pequena hoje, mas em três semana pode aumentar drasticamente. Ooou, com o tempo, você simplesmente esquece. Há sempre duas vias: Se você alimenta aquela sensação de vazio que o tempo cavou no fundo da sua alma, com certeza vem uma dorzinha, um lamento; mas se você resolve levantar a cabeça e seguir em frente, o tempo só vai te ajudar a se fortalecer.

O tempo pode não ser o único remédio, mas combinado com vários outros fatores pode, pelo menos, aliviar muitas "dores".

É ele quem faz você sentir fome depois de um enorme rodízio de pizzas da noite anterior!

Um comentário:

  1. Nossa, sempre fico pensando nessas experiências que acreditamos não valer nada... Fazendo uma comparação meio esdrúxula na minha mente, eu lembrei do programa "Um contra cem", exibido pelo Roberto Justus no SBT (apesar disso, era um bom programa); enfim, a pergunta que deu um milhão para um tocador de oboé - isso não é zoação, o único cara que ganhou um milhão nesse programa foi um tocador de oboé... - era "A letra grega sigma, símbolo de somatório, foi símbolo de qual movimento brasileiro?" Pausa para você pensar nas aulas do Guilherme... TEMPO ESGOTADO: Ação Integralista Brasileira. Bem, eu sabia a resposta e o tocador de oboé foi no chute, mas vai que fosse eu lá. E se eu tivesse comido um pastel estragado e tivesse faltado a justamente a aula do Gui na qual ele falava que o símbolo de somatório tinha sido a suástica brasileira? O pastel ia mudar a minha vida toda... Tá, é meio nada a ver com o seu tema, mas acho que dá para achar uma relação, sim *__*

    E AMEI a sua última frase!

    bjsbjs

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